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De acordo com especialistas, é comum a mulher apresentar diminuição na libido após o nascimento do bebê. Isso acontece por causa de alterações hormonais durante a gravidez e o parto. “Quando a placenta é expelida durante o parto, existe uma queda brusca nos níveis de hormônios, principalmente os produzidos por ela”, diz a ginecologista Janaína Harfush.
Além disso, a prolactina, hormônio que estimula a produção de leite para amamentação, diminui a lubrificação vaginal, o que causa desconfortos durante a relação sexual. Por isso, mesmo depois de terminado o período de resguardo (que dura de 40 a 60 para que o corpo se recupere do parto), muitas mulheres ficam com o desejo sexual afetado.
A fisioterapeuta uroginecológica Nina Morena diz que outros fatores, além dos fisiológicos, afetam a libido feminina. “Fatores emocionais, como preocupação em ser uma boa mãe e suprir as necessidades do bebê, fazem com que a atenção da mulher fique toda voltada a essa nova tarefa e acabe deixando a relação com seu parceiro um pouco de lado. Também há o cansaço e a privação de sono, além de fraqueza da musculatura do assoalho pélvico”, afirma.
Nina explica que a musculatura do assoalho pélvico reveste a pelve e faz o suporte do útero, dos ovários, da bexiga e demais órgãos, funcionando como uma “rede”. Durante a gestação, essa musculatura sofre uma sobrecarga, pois tem que suportar o também o peso do bebê.
Durante o parto normal, essa musculatura é distendida além de sua capacidade e, em alguns casos, o obstetra faz um pequeno corte na entrada da vagina para ajudar na passagem do bebê. Ou seja, após o parto, ela fica bastante comprometida, com sua força reduzida.
A fisioterapeuta recomenda exercícios para fortalecer a musculatura pélvica e, consequentemente, ter mais prazer na relação sexual. Já Janaína Harfush indica tempo livre com o parceiro e conversas sobre o assunto.
“A mulher tem que tirar todas as dúvidas que tiver com o seu médico e tentar conversar com o parceiro para dividir suas angústias. É importante reservar um tempo sozinha com o parceiro, sem deixar ser absorvida totalmente pelas rotinas de cuidado com o bebê”, finaliza a ginecologista.
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